4 de fevereiro de 2020

Inalar ou ingerir Cannabis?

A maneira mais comum de consumir THC é através da inalação por combustão, sendo absorvido pelos pulmões. Mas, afinal, inalar cannabis é melhor do que ingerir?

Acontece que, quando esticada, a superfície do pulmão tem o tamanho de uma quadra de tênis. Sendo assim, basta de 2 a 3 milissegundos para absorção completa dos terpenos e canabinóides inalados. Após absorvidos pelos pulmões, estas substâncias vão para o coração e de lá para o cérebro. Ao chegar no cérebro, as moléculas se deparam com a barreira hematoencefálica, que possui permeabilidade seletiva e protege o sistema nervoso central (SNC).

Ingestão de THC

Outro método comumente praticado pelos usuários é a ingestão. Desta maneira, o THC vai do estômago para o fígado e é lá que a magia acontece. O fígado metaboliza o THC em 11-hidróxi-THC.

maconha comestível
Brownies de Cannabis

Eventualmente esta molécula também se depara com a barreira hematoencefálica, porém possui capacidade maior de ultrapassá-la do que o THC que é inalado. O que ocorre é que a potência do efeito da cannabis está ligado com a quantia de THC (ou 11-hidróxi-THC) que ultrapassa a barreira, chegando ao SNC. Por isso que ingerir derivados de cannabis resulta em efeitos psicoativos mais potentes e duradouros do que inalar.

Diferença entre os métodos de consumo

Um ponto importante é que, quando inalado, o THC vai do pulmão ao coração e depois ao cérebro com muita rapidez. Enquanto isso, ao ser consumido, o THC vai do estômago ao fígado, onde é metabolizado até transformar-se em 11-hidróxi-THC e de lá para o cérebro. Ou seja, apesar de mais potente, o tempo para a droga fazer efeito quando ingerida é maior do que quando inalada. Este período de espera pelo efeito pode ser de 30 minutos a 2 horas. Já na inalação o pico de efeito ocorre nos primeiros 10 minutos.  Por isso a regra de ouro para a ingestão de THC é não exagerar na dose e ter muita paciência.

jujuba de maconha
Jujubas de Maconha

 

É comum os usuários acharem que, por causa da demora, não surtirá efeito, e consumirem mais. Evite cometer este erro, mas caso cometa, saiba que é impossível ter overdose de THC através da ingestão.

Teor de THC em produtos comestíveis

Os produtos canábicos comestíveis são mais difíceis de ter teor de THC quantificado. Isso ocorre devido à diversas variações no processo de confecção, quando não há meticulosidade e padronização. Outros aspectos que influenciam na potência da trip é a qualidade do sono do usuário, alimentação e exercícios que pratica. Portanto, caso você consuma um item canábico e julgue-o fraco, não dobre a dose ao consumi-lo outro dia. Pode ser que estes fatores variáveis tenham interferido e você acabe sendo surpreendido negativamente.

Vaporização de THC

vaporizador
Vaporizador de Maconha

Além da ingestão ser mais saudável do que inalação por combustão, é uma ótima opção para quem sofre de dores crônicas, pois seu efeito é mais duradouro. Caso você deseje usar recreativamente, uma maneira de driblar os efeitos nocivos da combustão é a utilização de vaporizadores. No entanto, seja criterioso na escolha dos produtos a serem utilizados, pois como já vimos no post “Mortes pelo uso de cigarro eletrônico, a utilização de produtos não regulamentados pode trazer sérias consequências. 

 

Referências:
https://www.leafly.com/news/cannabis-101/differences-between-marijuana-edibles-and-flower
https://strainprint.ca/community/cannabis-efficacy-inhalation-vs-ingestion/
https://growersnetwork.org/laboratories/smoking-vs-eating-cannabis-effects-patient-health-pt-2/

 

 

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